 | *** POMPÉIA *** 18 de Julho de 2011 |
Começamos o passeio na metade do mapa de Pompeia que vai até o Ginásio dos Gladiadores e o Anfiteatro...
Passamos por algumas casas e estabelecimentos onde ainda se via partes da estrutura original e muitos afrescos... é impressionante!!!
Tentei levar os dois para ver a Casa de Venus, mas estava fechada para manutenção e restauros por causa dos terremotos dos últimos anos que abalaram a região... a Casa de Vênus está localizada na parte oeste de Pompéia, e é considerada uma dos construções mais bonitas de Pompéia... A casa foi construída ao redor do jardim e logo na entrada pode-se ver o famoso afresco da Venus na Concha ao fundo.
 Casa de Venus |  Venus na Concha |
Fiz uma pesquisa básica no Google pra contar um pouco da história de Pompéia e dar nome às tantas construções que vimos nesse dia... ufa!!!
Em 24 de agosto do ano 79 d.C. aconteceu uma inesperada erupção do Vesuvio, sepultando a cidade em um mar de lava e cinzas juntamente com Ercolano, cidade próxima. Pompéia ficou por muito tempo esquecida, sendo que as explorações para desenterrar a cidade começaram em 1748 com Carlos III, rei de Nápolis, e continuaram até o século XIX, sendo que nos anos mais recentes começaram várias obras de restauração e valorização da cidade antiga.
A cidade ficava em uma colina, onde os ricos habitavam a parte alta e as classes mais pobres ficavam na parte baixa da cidade. Nas ruas, haviam grandes pedras em alguns pontos, como se fossem passarelas... para as pessoas passarem e não sujarem os pés. Entre as pedras grandes, havia um vão, para que os animais pudessem passar e as rodas das carruagens também.
Em toda a Pompéia, havia 42 fontes de água potável de onde a população se abastecia. Essa água era de graça... mas a aristocracia pagava pela água porque era comum terem uma fonte dessas dentro de casa...
Como tudo ficava muito longe, eles se alimentavam na rua mesmo, nas thermopolias, que eram estabelecimentos onde se vendiam comidas e bebidas, e descansavam em spas. As classes não se misturavam e cada uma tinha seu próprio local no spa. Havia também os prostíbulos, em homenagem à Afrodite. E como na cidade existiam vários povos, falando diferentes línguas, os prostíbulos possuíam um "menu", com as posições sexuais... daí era só apontar para a figurinha que o cliente pretendia praticar... rsrsrrs!
Nas calçadas de algumas casas havia um pênis feito na própria pedra no chão... Pelo que entendi, era um símbolo de homenagem a Priapus, outro deus romano, para trazer prosperidade e fertilidade para os moradores da casa. O mesmo símbolo fálico era usado próximo aos prostíbulos, indicando a direção certa do estabelecimento.
Lupanare (Lupanar): Dizem que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. E em Pompéia pode-se encontrar um dos prostíbulos mais famosos daquela época. É uma casa de dois andares e com diversos quartos, iguais a uma cela de cadeia mas sem grades, mobiliados com camas de alvenaria. Em cima de cada porta dos quartos das prostitutas há pinturas que mostram várias posições sexuais, uma espécie de propaganda que mostrava as "especialidades" de cada uma delas. Os frequentadores escreviam explicitamente nas paredes seus pareceres sobre os "serviços" prestados (se fosse na época do Facebook, as paredes estariam repletas de "curti" e "não curti" rsrsrsrs). Quem comandava o lupanar era um proxeneta que comprava as prostitutas como escravas, principalmente no Oriente, pelo preço médio de 600 sestertius (pelo que andei vendo pela internet, à época mais florescente de Pompeia 1 sestércio equivalia a 1,50 euro - cerca de 2,25 reais).
Lavanderia di Stephanus: Era um edifício onde funcionava, desde o princípio de sua construção, uma lavanderia e tinturaria muito requisitada pelas diversas oficinas têxteis que se valiam de seus serviços. Sabemos que seu proprietário se chamava Stephanus devido a uma propaganda pintada na fachada da lavanderia. Aqui havia bacias e grandes tanques para a lavagem dos tecidos, terraço para a secagem e até uma prensa para passar roupas. Havia também um local para a coleta de urina humana, muito requisitada naquele tempo para alvejar e tirar manchas de tecidos (santo amaciante de roupas, Batman!!!).
Thermopolivm de Vetvtivs Placidvs: Era o "fast food" de Pompeia, uma espécie de McDonald's onde eram vendidos, no lugar dos famosos hambúrgueres, o garum (um molho feito com peixes em salmoura) e outros pratos rápidos. No caixa deste restaurante foram encontradas várias moedas, o rendimento do dia.
Anfiteatro: Tinha capacidade para aproximadamente 20.000 espectadores que iam assistir aos violentos espetáculos com gladiadores e animais ferozes. Assim como o Coliseu, o anfiteatro de Pompeia também possuía toldos para proteger os espectadores do sol forte. Se você pensa que brigas em estádio é um fato dos nossos dias, está enganado. Em 59 d.C., o historiador romano Tácito narrou uma briga entre "torcedores" de Pompeia e Nocera (uma cidade próxima) que causou muitos mortos e feridos. O anfiteatro ficou fechado aos jogos por 10 anos e as organizações de torcedores extintas por lei. Foi reaberto somente depois de 62, graças à intervenção da segunda esposa do imperador Nero.
Quadripórtico dos Gladiadores: situado próximo ao Anfiteatro foi destinado, nos últimos anos da antiga Pompeia, como sede da organização dos gladiadores que se exibiam na cidade. Era um edifício com quatro pórticos de 74 colunas dóricas que, originalmente, servia o público que frequentava o teatro, seja para uma refeição que para o reparo nos dias de chuva. Provavelmente, o uso daquele espaço foi, por anos, também a sede de uma organização responsável pela formação intelectual, esportiva e militar dos jovens de Pompeia.
Em 24 de agosto do ano 79 d.C. aconteceu uma inesperada erupção do Vesuvio, sepultando a cidade em um mar de lava e cinzas juntamente com Ercolano, cidade próxima. Pompéia ficou por muito tempo esquecida, sendo que as explorações para desenterrar a cidade começaram em 1748 com Carlos III, rei de Nápolis, e continuaram até o século XIX, sendo que nos anos mais recentes começaram várias obras de restauração e valorização da cidade antiga.
A cidade ficava em uma colina, onde os ricos habitavam a parte alta e as classes mais pobres ficavam na parte baixa da cidade. Nas ruas, haviam grandes pedras em alguns pontos, como se fossem passarelas... para as pessoas passarem e não sujarem os pés. Entre as pedras grandes, havia um vão, para que os animais pudessem passar e as rodas das carruagens também.
Em toda a Pompéia, havia 42 fontes de água potável de onde a população se abastecia. Essa água era de graça... mas a aristocracia pagava pela água porque era comum terem uma fonte dessas dentro de casa...
Como tudo ficava muito longe, eles se alimentavam na rua mesmo, nas thermopolias, que eram estabelecimentos onde se vendiam comidas e bebidas, e descansavam em spas. As classes não se misturavam e cada uma tinha seu próprio local no spa. Havia também os prostíbulos, em homenagem à Afrodite. E como na cidade existiam vários povos, falando diferentes línguas, os prostíbulos possuíam um "menu", com as posições sexuais... daí era só apontar para a figurinha que o cliente pretendia praticar... rsrsrrs!
Nas calçadas de algumas casas havia um pênis feito na própria pedra no chão... Pelo que entendi, era um símbolo de homenagem a Priapus, outro deus romano, para trazer prosperidade e fertilidade para os moradores da casa. O mesmo símbolo fálico era usado próximo aos prostíbulos, indicando a direção certa do estabelecimento.
Lupanare (Lupanar): Dizem que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. E em Pompéia pode-se encontrar um dos prostíbulos mais famosos daquela época. É uma casa de dois andares e com diversos quartos, iguais a uma cela de cadeia mas sem grades, mobiliados com camas de alvenaria. Em cima de cada porta dos quartos das prostitutas há pinturas que mostram várias posições sexuais, uma espécie de propaganda que mostrava as "especialidades" de cada uma delas. Os frequentadores escreviam explicitamente nas paredes seus pareceres sobre os "serviços" prestados (se fosse na época do Facebook, as paredes estariam repletas de "curti" e "não curti" rsrsrsrs). Quem comandava o lupanar era um proxeneta que comprava as prostitutas como escravas, principalmente no Oriente, pelo preço médio de 600 sestertius (pelo que andei vendo pela internet, à época mais florescente de Pompeia 1 sestércio equivalia a 1,50 euro - cerca de 2,25 reais).
Lupanare
Lavanderia di Stephanus: Era um edifício onde funcionava, desde o princípio de sua construção, uma lavanderia e tinturaria muito requisitada pelas diversas oficinas têxteis que se valiam de seus serviços. Sabemos que seu proprietário se chamava Stephanus devido a uma propaganda pintada na fachada da lavanderia. Aqui havia bacias e grandes tanques para a lavagem dos tecidos, terraço para a secagem e até uma prensa para passar roupas. Havia também um local para a coleta de urina humana, muito requisitada naquele tempo para alvejar e tirar manchas de tecidos (santo amaciante de roupas, Batman!!!).
Thermopolivm de Vetvtivs Placidvs: Era o "fast food" de Pompeia, uma espécie de McDonald's onde eram vendidos, no lugar dos famosos hambúrgueres, o garum (um molho feito com peixes em salmoura) e outros pratos rápidos. No caixa deste restaurante foram encontradas várias moedas, o rendimento do dia.
Anfiteatro: Tinha capacidade para aproximadamente 20.000 espectadores que iam assistir aos violentos espetáculos com gladiadores e animais ferozes. Assim como o Coliseu, o anfiteatro de Pompeia também possuía toldos para proteger os espectadores do sol forte. Se você pensa que brigas em estádio é um fato dos nossos dias, está enganado. Em 59 d.C., o historiador romano Tácito narrou uma briga entre "torcedores" de Pompeia e Nocera (uma cidade próxima) que causou muitos mortos e feridos. O anfiteatro ficou fechado aos jogos por 10 anos e as organizações de torcedores extintas por lei. Foi reaberto somente depois de 62, graças à intervenção da segunda esposa do imperador Nero.
Quadripórtico dos Gladiadores: situado próximo ao Anfiteatro foi destinado, nos últimos anos da antiga Pompeia, como sede da organização dos gladiadores que se exibiam na cidade. Era um edifício com quatro pórticos de 74 colunas dóricas que, originalmente, servia o público que frequentava o teatro, seja para uma refeição que para o reparo nos dias de chuva. Provavelmente, o uso daquele espaço foi, por anos, também a sede de uma organização responsável pela formação intelectual, esportiva e militar dos jovens de Pompeia.
 |  |  Thermopolivm de Vetvtivs Placidvs... o Mc Donalds da época! |
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 Lavanderia de Stephanus |  |  |
 |  Os pátios internos |  |
 |  O quadripórtico dos gladiadores |  |
 O Anfiteatro |  |  |
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Cenas do Anfiteatro, narradas pelo Marcelo
Porta Ercolano e Necropoli (Porta Herculano e Necrópole): Pela Porta Herculano entravam as carroças que vinham do porto e era por aqui também que passava todo o trânsito comercial em direção a Nápoles. Por essa razão era uma das principais portas de Pompeia. Atravessando a Porta Herculano tinha-se acesso à Necrópole, a cidade dos mortos, como chamavam os gregos. Neste grande cemitério, existente desde o início da fundação da colônia (80 a.C.) até o fim dela (79 d.C.), estão enterrados os mais célebres personagens de Pompeia e a distinção da classe social é visível nos túmulos construídos.
Orto dei Fuggiaschi (Horta dos Fugitivos): Representa a dramática cena de pessoas que tentavam fugir de Pompeia durante a erupção do Vesúvio em 79 d.C. Os arqueólogos encontraram os corpos de 13 pessoas, entre elas famílias inteiras, crianças e até uma mulher grávida, na horta de uma casa rústica em 1961. Andando por Pompeia, é fácil encontrar os corpos engessados das pessoas que, em vão, fugiam da tragédia vesuviana. Mas não nos impressiona tanto quanto a que vemos neste lugar; talvez pela quantidade de pessoas, pelo fato de ter crianças no meio ou pela posição dos corpos, muitos deles tentando proteger a si mesmo ou aos filhos.
Orto dei Fuggiaschi (Horta dos Fugitivos): Representa a dramática cena de pessoas que tentavam fugir de Pompeia durante a erupção do Vesúvio em 79 d.C. Os arqueólogos encontraram os corpos de 13 pessoas, entre elas famílias inteiras, crianças e até uma mulher grávida, na horta de uma casa rústica em 1961. Andando por Pompeia, é fácil encontrar os corpos engessados das pessoas que, em vão, fugiam da tragédia vesuviana. Mas não nos impressiona tanto quanto a que vemos neste lugar; talvez pela quantidade de pessoas, pelo fato de ter crianças no meio ou pela posição dos corpos, muitos deles tentando proteger a si mesmo ou aos filhos.
 Necrópolis |  |  |
 |  Orti dei Fuggiaschi |  |
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Basílica: A Basílica foi construída na segunda metade do século II a.C. Era um edifício público civil destinado a assembléias ou a administração da justiça, como o nosso atual fórum. Esse tipo de construção foi importado dos gregos pelos romanos e se difundiu por todo o império. Somente em 313, com o Édito de Milão (quando o imperador Constantino consentiu a liberdade de culto aos cristãos) que as basílicas passaram a ser locais de culto. A basílica de Pompeia era um imponente edifício delimitado por 28 colunas grossas que chegavam a uma altura de aproximadamente 11 metros. Nos muros laterais, decorados com estuques, havia semi colunas em estilo jônico. Do lado oposto ao ingresso, com um desnível de cerca de 2 metros, tem-se o tribunal. Além das atividades judiciais, era muito comum tratar de negócios, como em uma Bolsa de Valores.
Foro: No tempo dos romanos, o fórum era o coração da vida urbana, onde estavam concentradas as principais funções civis, religiosas e comerciais da cidade. Como todo forum, o de Pompei também estava situado no cruzamento de duas ruas importante da cidade, o cardus (sentido norte-sul) e o decumanus (sentido leste-oeste). Era a principal praça da cidade e media 142 metros de comprimento por 38 de largura e era toda circundada por alpendres térreos com colunas. O antigo Templo de Júpiter que, após a dominação romana, passou a ser o Capitolium, ou seja, o templo dedicado à tríade capitolina (Júpiter, Juno e Minerva), era o que hoje chamaríamos de catedral. Do lado oposto encontram-se os Edifícios Municipais, destinados aos duoviri (uma espécie de prefeito dos dias de hoje), aos edili (que cuidavam da manutenção da cidade), aos decurioni (conselheiros municipais) e ao arquivo administrativo.
 |  Via dell´Abondanza |  |
 |  Praça da Basílica |  |
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 |  Fórum |  |
 Um corpo petrificado |  Objetos recuperados nas escavações |  |
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Villa dei Misteri (Villa dos Mistérios): É a casa suburbana mais famosa da área que circunda o vulcão Vesúvio. Representa uma transformação social, ocorrida no século I d.C., quando as famílias nobres e antigas de Pompeia decidem viver fora do caos da cidade e do novo estilo de vida, caracterizado pela predominância política e cultural das "rudes classes comerciais".
A fama desta casa se deve a uma sequência de pinturas representando cenas teatrais nas paredes da sala de jantar. O "mistério" dessas pinturas está na sua interpretação. Dentre as várias hipóteses sobre seu significado, prevalece aquela que afirma que tais pinturas ilustram as fases do ritual de iniciação de uma jovem, talvez uma noiva, aos mistérios dionisíacos. No culto dionisíaco as orgias eram muito frequentes, mas nestas pinturas foram um pouco censuradas, talvez por causa das proibições do Senado de Roma e das severas penas aos praticantes do tal culto.
A fama desta casa se deve a uma sequência de pinturas representando cenas teatrais nas paredes da sala de jantar. O "mistério" dessas pinturas está na sua interpretação. Dentre as várias hipóteses sobre seu significado, prevalece aquela que afirma que tais pinturas ilustram as fases do ritual de iniciação de uma jovem, talvez uma noiva, aos mistérios dionisíacos. No culto dionisíaco as orgias eram muito frequentes, mas nestas pinturas foram um pouco censuradas, talvez por causa das proibições do Senado de Roma e das severas penas aos praticantes do tal culto.
 Villa dei Misteri |  As pinturas na sala de jantar |
Terminamos a visita e fomos almoçar num restaurante ali perto, I Due Cesari, tipicamente turístico mas com um almoço bem razoável.
O almoço no Due Cesari
E pra finalizar a página sobre Pompéia, vou contar uma curiosidade pessoal... sabiam que eu fui batizada em Pompéia??? Ehhhh... vai ser chic lá longe!!!! rsrsrsrsr
Abaixo, uma foto da cidade atual de Pompéia com a Basílica onde há bem poucos anos (rsrsrsrsr) eu fui batizada!!!!
 A Basílica di Pompei |  O interior da Basílica |
Como eu odeio quando copiam os meus textos, deixo aqui registrado que os textos acima foram adaptados dos sites:
- http://bloglanostraitalia.blogspot.com.br/ (muito bom!!!)
- http://toindoparaaitalia.blogspot.com.br (excelente fonte de pesquisa)
Vale a pena uma visitinha neles!!!!
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